sexta-feira, 26 de março de 2010

PRISIONEIRA DA VONTADE



Queria amar-te o cansaço... encontrar-te ao fim do dia no quarto de um motel qualquer e ter-te em mim... De olhos vendados sentir-te apenas. Tenho pressa confesso, não sei esperar pelo futuro que não me pertençe. Beija-me com fervor. Exatamente como quero que o faças, magoa-me os lábios e chama-me de puta. Tua puta...


Estou cheia de tesão... de vontade de sentir a tua boca aqui dentro de mim, sugando cada gota de desejo provocada pela tua presença inexistente. Ama-me. Como fêmea, como mulher, como amante. Prende-me entre a cama e o teu corpo e me enche a boca com a tua lingua, entrelaça-a na minha e mistura nosso fogo. Sonho. Queres-me inteira. Beijas cada imperfeição minha aceitando os meus gemidos em troca... Quero-te mais do que sei que quero, risco-te a pele com as minhas unhas. Marcas e lembranças do bicho que libertas em mim.


Fode-me com a boca, com os dedos, com o sexo, esfrega-te em mim enquanto peço mais. Roubo-te a racionalidade para amar. Sou tua, tão tua... Mata-me o desejo, sufoca esta fome que se arrasta pela minha pele. Funde-te em mim num mesmo extâse. Prende-me as mãos. Domina-me o corpo com a mesma força que me comandas a alma.


Algema as minhas vontades e acorrenta-me à ti.

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